Tive a oportunidade de ler há pouco tempo o livro Muito Além dos Videogames: Memórias de um Jogador, do pastor Luiz Miguel Gianeli.
Através das diversas e breves crônicas do livro, somos lançados num turbilhão de saudosismo e diversão, ao recordarmos os anos fundamentais (de fundação e sedimentação) do videogame e seu universo no Brasil, o período entre meados da década de 80 e inícios dos anos 2000. Atari, Nintendinho 8 bits (e seus muitos clones nacionais), Master System, Super Nintendo, Mega Drive, Playstation 1 e 2, Nintendo 64, Sega Saturn, Neo Geo, DreamCast, e outros mais, além, é claro, dos fliperamas... São diversas gerações, plataformas e jogos citados, em episódios pitorescos onde a amizade, as descobertas e a alegria dão o tom. A criação cristã do autor agrega oportunos insights sociológicos sobre a tolerância (ou não) dos cristãos do período aos jogos eletrônicos.
Desde seus primórdios, o universo dos videogames sofre uma de moderada a acirrada rejeição por parte de alguns cristãos, notadamente da "velha guarda". Acreditamos desde sempre que tais rejeições são em sua grande parte infundadas ou exageradas. A diversão proporcionada pelos games pode ser sadia e estimular formas, antigas e novas, de interação social, e não apenas isolamento. No mais, toda tecnologia é eminentemente neutra; elas podem ser direcionadas para bem e para mal. Aquele que acompanha os noticiários sabe a discussão sobre o poder ou não dos games para inspirar atos violentos está em plena baila - mais de trinta anos após o lançamento dos primeiros jogos. Por isso é admirável a coragem do pastor Gianeli de abrir seu coração e suas memórias e refletir sobre o universo gamer no que ele tem de mais humanamente enriquecedor, sem deixar de considerar o lado pernicioso que o vício em games pode acarretar sobre algumas pessoas.
Nas páginas derradeiras, o autor apresenta uma excelente reflexão sobre a confluência entre arte, games e cristianismo, terminando o livro com uma mensagem de esperança nAquele único que pode suprir nossas carências, Jesus Cristo.
Nas páginas derradeiras, o autor apresenta uma excelente reflexão sobre a confluência entre arte, games e cristianismo, terminando o livro com uma mensagem de esperança nAquele único que pode suprir nossas carências, Jesus Cristo.
Para aqueles que viveram por completo ou em parte esse período citado, para os "veteranos" que não viveram mas gostariam de compreender a paixão suscitada pelos games, e para a nova geração que só conhece os avançados e complexos jogos de PS4 e quetais, essa é uma leitura amplamente recomendada.
O livro pode ser adquirido em formato eletrônico (e-book) na Amazon, AQUI.
Não deixe de visitar o blog do autor: http://diamanteseternos.blogspot.com/
Irmão, sua percepção do livro me deixou emocionado. Tanto na questão nostálgica da obra, quanto na aplicação espiritual. Fiquei muito feliz mesmo que tenha gostado e se identificado. E parabéns pela lista dos dez mais, concordo e gosto de todos, tendo, inclusive, alguns deles, como os meus preferidos (como conferiu nas páginas da obra��). Mais uma vez, obrigado pelo apoio e, se Deus permitir, quem sabe um dia nos encontramos para orar juntos e jogar uns games. Forte abraço!!!
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