Evangelizar com literatura em quadrinhos

De AMME Evangelizar/Evangeliza Brasil (www.evangelizabrasil.com)

As HQs, ou histórias em quadrinhos, nasceram no final do século dezenove, e Richard Felton Outcault, nascido em Lancaster, Ohio, a 14 de Janeiro de 1863, é considerado o seu inventor. Aos dezoito anos, Richard trabalhava para Thomas Edson (desenvolvedor da lâmpada) e  aos 32 anos começou a desenhar o Yellow Kid, considerada a primeira história em quadrinhos. Outros artistas e o próprio Richard já usavam o desenho, a sequência e os balões de texto, mas foi ele quem organizou tudo de um modo que funcionou e se ampliou até o que temos hoje.

No Brasil, por volta de 1869, Angelo Agostini desenhava charges nos jornais, usando o humor para criticar sobre temas políticos. A primeira revista  que pode ser considerada claramente de história em quadrinhos foi Tico Tico, lançada em 1905. A partir dos anos 30 havia publicação consistente de quadrinhos nos suplementos juvenis dos jornais. Em 1939, foi lançada a revista "O Gibi", cujo nome se tornou sinônimo de revista em quadrinhos. Em 1959 surgiram as tirinhas da Turma da  Mônica.

No meio evangélico, como em muitas áreas, os quadrinhos demoraram para serem utilizados no ensino de crianças na igreja, e tardaram ainda mais a serem usados como recurso de evangelização. Com uma origem humorística nos Estados Unidos e política na Europa, sendo inclusive usados na pornografia, os quadrinhos pareciam algo mundano e indesejável.

Por volta dos anos 70, no entato, haviam alguns poucos livrinhos de histórias bíblicas, com desenhos bastante formais e balões que continham praticamente o texto bíblico. O Smilinguido, uma simpática formiga criada por Márcia D'Haese, nos anos 80, é uma referência brasileira para o uso dos quadrinhos no meio evangélico. Atualmente, Márcia criou e desenvolveu os personagens Mig e Meg. Com a dinamização do trabalho com crianças, a partir do final da década de 80, as editoras começaram a investir em material de melhor qualidade e surgiram várias publicações em quadrinhos.

A partir dos anos 90, popularizados pela televisão, quadrinhos ao estilo Japonês (mangá) proporcionaram um ressurgimento do interesse por essa forma de arte entre crianças e jovens. Aproveitando a demanda, a editora Vida Nova lançou o Mangá Messias em tiragem inicial de 20.000 exemplares, com ampla aceitação pelos jovens evangélicos e como recurso adicional na evangelização pessoal.

A experiência da AMME nessa área nos tem feito perceber a grande capacidade que a igreja Evangélica Brasileira tem para usar quadrinhos na evangelização. Muitos de nossos jovens são excelentes desenhistas. Falta apoio, incentivo e orientação para que produzam material de qualidade com grande impacto na salvação de vidas.

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