sábado, 30 de maio de 2015

Cursos de fotografia, desenho, pintura e +

 
Várias dicas de sites para quem quer aprender a desenhar.
 
Aulas disponíveis através de documentos textuais. Tem 3 níveis: iniciante, intermediário e avançado. Mangá também faz parte do conteúdo. Algumas aulas não são gratuitas e necessitam que você compre um e-book para poder acessar o respectivo assunto.
 
Curso composto de vídeo-aulas hospedadas no YouTube. Há aulas sobre cartuns clássicos e sobre mangás. Há também apostilas, mas, pelo menos uma delas não está mais disponível para download. Talvez, entrando em contato com o administrador do blog, seja possível obtê-la através de outro meio.
 
Canal do desenhista Magno Brasil no YouTube. Há vídeo-aulas sobre mangá, super heróis, personagens Cartum, desenho artístico, caricatura, fantasy e ainda outros tópicos, promete a página inicial do canal.
 
Canal Daiana Oliveira (Cantinho dos Arteiros)
Canal de vídeo-aulas no YouTube que é um braço do site Apaixonados por Desenho. Há um material textual (impresso) que pode ser adquirido nesse site. Várias das aulas são direcionadas ao desenho específico de personagens conhecidos. O uso de programas para desenho é uma das formas de abordagem.
 
Este site estava fora do ar quando o acessei. Não sei se é definitivamente ou temporariamente. De qualquer forma, publico o link aqui. Segundo a fonte da dica, o site é especialmente interessante aos que amam mangá.
 
Canal de vídeo-aulas no YouTube que também oferece um e-book gratuito para download via inscrição no site Aprenda a Desenhar do Zero. Também passarão a lhe enviar boletins com dicas para vídeos específicos.
 
Cursos online e gratuito em espanhol. É composto de 9 módulos. Se ainda não conhece o programa GIMP, clique aqui.
 
Neste post do wwwhat’s new são mencionados dois cursos, em inglês, hospedados na plataforma OPEN 2 STUDY, um sobre a arte pintar e desenhar e o outro sobre a arte da fotografia.
 
E agora uns links adicionais mais para curiosidade e inspiração:
Com informações de Catraca Livre e wwwhat’s new.
 
 
Etiquetas:
Desenhar, desenho, à mão livre, curso de desenho on line
Dibujar, dibujo, boceto, a mano alzada, clase de diseño en línea/online
 
 
 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Por que temos tão poucos artistas plásticos cristãos?

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Por Rafaela Senfft
A produção artística na comunidade cristã é ainda incipiente no campo das artes plásticas. Há muito tempo os cristãos se alienaram dessas práticas artísticas, talvez porque não tenham conseguido agregá-las à vida cristã comunitária nem incluí-las no âmbito da expressão estética do Reino de Deus. As preocupações em preparar-se espiritualmente para a volta de Jesus, abstendo-se de tudo o que considerava “secular”, bem como o cuidado para não contaminar-se com o “mundanismo’, acabou jogando no cesto do secularismo muitas coisas que refletiriam a glória de Deus. Muitas expressões musicais, por exemplo, que falam da natureza, da existência, dos sentimentos humanos, foram desprezadas pelos ouvidos cristãos porque foi-lhes ensinado a suprimir o que era “terreno” em troca da transcendência. Com isso, perdeu-se a oportunidade de expandir o conteúdo do louvor literal. Acontece que a ausência desses elementos que muitas vezes são negligenciados em função de um temor de se aliar ao secularismo, como a percepção e a reflexão sobre as coisas naturais e existenciais, resulta num esvaziamento inóspito do “patamar superior”, pois faltam elementos e recursos criativos; e a ideia de céu cai naquele imaginário clichê monocromático que consiste em anjinhos tocando harpa sobre nuvens.
Um dilema histórico pode nos ajudar a desenvolver este raciocínio. Desde quando o imperador Constantino instituiu as Basílicas Romanas como locais de culto cristão, decorar ou não as igrejas foi um assunto amplamente discutido. A decoração das basílicas dependia de quão iconoclastas os papas eram. Alguns viam as imagens com parcial importância, pois estas serviriam a fins didáticos, a maioria da população não sabia ler e as cenas bíblicas desenhadas nas paredes ajudariam estas pessoas a conhecer a narrativa cristã. Outros pensavam na arte como reflexo da glória de Deus, por ser um talento dado pelo próprio Deus, refletia Seu poder vocacional sobre homens a fim de glorificá-lo, e ainda na própria noção do Belo como uma virtude elevada, o resplendor das formas e cores seriam símbolos da glória divina, e a arte serviria como veículo transportador até à transcendência. Os iconoclastas temiam que as imagens se tornassem como “bezerros de ouro” utilizados para a prática da idolatria, tomando o lugar de Deus. Os protestantes brasileiros acabaram se aproximando desta ultima idéia e o resultado disso foi uma pobreza estética que inibe a imaginação. Fomos privados de um aprendizado simbólico que produziria em nós um repertório riquíssimo de significados. Por causa desta privação, nos tornamos pouco imaginativos e muito pragmáticos; e, portanto, tão pouco ligados à ideia de eternidade (pois pensar na eternidade requer materiais imaginários e simbólicos complexos). Talvez por esta ausência, haja também tanto desinteresse pela narrativa bíblica, principalmente pelo Antigo Testamento. A imaginação é algo essencial na saga dos heróis da fé. Com ela é mais prazeroso habitar na História e se deixar fruir com ela.
Penso o quanto é importante uma educação simbólica e artística na escola (e por que não na igreja?), pois ela tem o poder de trazer estes recursos que enriquecem a vida. Vida com Deus requer imaginação! A arte tem o poder de fazer fruir o pensamento, ela serve para desenvolver uma visão de mundo menos formatada; ela serve como uma forma de transformar pedras em coelhos, tesouras em corujas. Arte serve para manter acesa a chama do imaginário, a única que propõe uma dança em meio a situações mais conflitantes da vida; é aprender a ter leveza, a ver respostas e soluções no infinito, é atravessar as paredes do materialismo para buscar respostas necessárias à condição humana.
Excluir das manifestações estéticas o sentimento autêntico humano ou o cheiro da flor não é servir ao mundanismo, pois o próprio Deus permitiu que ambos existissem. Não decorar as igrejas ou não se deliciar na tinta fresca sobre a tela por causa de uma interpretação equivocada de idolatria não é se alienar, ao contrário, se Deus é tão rico em sua criação, então por que não celebrar e levá-la de uma forma instigante as outras pessoas? Expressar artisticamente é amar, quando se faz isso dentro de uma ordem lógica inteligente; a arte pode falar da dor, mas deve trazer a esperança, pois a arte do cristão precisa refletir sua visão de mundo. O artista não precisa representar apenas anjos, santos ou Jesus crucificado; o artista cristão precisa utilizar da arte como uma seta que aponta para um Novo Reino, provocar uma centelha de esperança do coração das pessoas. O artista cristão deve ensinar o outro a descansar, deleitar, a se entregar a um novo mundo que foi inaugurado por Cristo de onde emana a fonte de toda a beleza e que ao olhar uma obra de arte tão arrebatadora por sua beleza, imaginar que um dia adentraremos num lugar tão mágico quanto!
A arte, quando pautada numa visão de mundo correta dentro do relacionamento com Deus, é capaz de comunicar coisas grandiosas, desvendar tesouros escondidos. Mas é importante que o artista vivencie experiências estéticas e busque conhecimento para que, com um olhar permeado da graça de Cristo, possa assumir uma produção responsável.
A produção artística no Brasil é incipiente, mas está acontecendo. Deixo minha sugestão de uma literatura imprescindível para todos os artistas cristãos: A Arte Moderna e a Morte da Cultura, de Hans Rookmaarker. É um livro elementar para a busca de um conhecimento estético complexo. Rookmaarker faz uma leitura da arte na história com um olhar redentivo, e, a partir deste conhecimento, aponta diretrizes de uma arte de quem busca um cristianismo que integra trabalho, vocação, missão e relacionamento através da arte.
• Rafaela Senfft é artista plástica e professora de Historia da Arte. É membro da Igreja Esperança, em Belo Horizonte (MG).

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