domingo, 23 de setembro de 2012

Greenbelt Festival, um dos maiores encontros de artes cristãs do mundo



Carlinhos Veiga

Acabo de chegar da Inglaterra. Dentre os lugares que eu queria conhecer nessa viagem constava a cidade de Cheltenham Spa, distante duas horas de Londres. Exatamente naqueles dias de agosto acontecia um dos maiores encontros de artes cristãs do mundo, o Greenbelt Festival. Um grande evento que agrega temáticas como Louvor e Adoração, Ecologia, Fé e Justiça, além de estimular a colaboração criativa e parcerias missionárias.

Essa foi a 39ª edição desse festival que reuniu em 2012 cerca de 22 mil participantes. Foi impressionante ver tanta gente junta, de diferentes matizes cristãs, eclesiásticas e missionárias, desde alas mais conservadoras a outras de vanguarda, de diferentes colorações teológicas, num convívio respeitoso e fraterno, algo que anda bem difícil de se ver hoje em dia. Dividiam aquele espaço igrejas conhecidas no Brasil, bem como missões, movimentos e ONGs que também atuam por aqui como Mocidade Para Cristo, Jocum, A Rocha, Interserve, Labri, L’Arche (A Arca), entre inúmeras outras.
A programação acontecia em 22 espaços distintos, simultaneamente. Durante todo o dia eram apresentados inúmeros shows musicais, peças teatrais, comédias, arte circense, mostra de cinema, artes visuais e fotografia, mas também lançamentos de livros seguidos de debates com os autores, palestras, oficinas, entre outras atividades. Alguns desses espaços eram reservados para atividades com crianças.
O maior palco do Greenbelt, o “Main Stage”, era a única estrutura capaz de reunir de uma só vez todos os participantes. Era nele que aconteciam os grandes shows das noites e a celebração da eucaristia – um dos momentos mais significativos do evento. Nesse tempo, realizado no domingo pela manhã, todos paravam suas atividades e se dirigiam ao “palcão”, para a realização desse grande culto.
Talvez você esteja pensando: e a infra-estrutura para receber essa multidão? Onde eles se hospedavam? Onde comiam? E os banheiros para 
toda essa gente? Esse foi um dos aspectos que mais me impressionou. O evento acontece desde 1999 num hipódromo famoso por receber uma das mais importantes provas de corridas e saltos de cavalos – o Cheltenham Gold Cup. O público do Greenbelt, na sua grande maioria, se hospeda por ali mesmo, em barracas e come nas diversas tendas de duas enormes praças de alimentação instaladas. Ali se vende de tudo: sanduíches, pizzas, frutas, cafés e bares. Alguns outros preferem as estruturas hoteleiras da cidade que fica a pouco mais de 3 quilômetros do local. Vale a pena lembrar que, apesar do Festival acontecer em pleno verão europeu, a chuva pode cair a qualquer momento, como aconteceu nesse ano (veja só esse vídeo). As galochas coloridas e as capas de chuva compõe o cenário do evento. E o público parece não se importar com essas questões. Ao contrário, tudo isso dá um charme a mais.

O Greenbelt é organizado e mantido por um grupo de entidades parceiras, entre elas a Igreja Metodista da Inglaterra, Church Times, Christian Aid e os Greenbelt Angels – um grupo de mantenedores voluntários que se comprometem em contribuir, orar e trabalhar pela realização do evento. Ao todo são mais de 2.000 equipantes envolvidos.
Segundo os organizadores, o Greenbelt não é apenas um evento de entretenimento. É muito mais. Pretende ser um espaço onde as pessoas que por ali passam saiam desejando viver mais, amar mais e promover mais justiça e mais generosidade por meio de suas ações. E, pelo que me pareceu, isso acontece.
Para conhecer mais, assista o vídeo e visite o site.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Seu Fardo é Leve - Um devocional sobre a criatividade


E. Stanley Jones

A frase que mais tenho dito na vida é esta: "Senhor, tu me pegaste". Eu falo isso sério e tem funcionado – gloriosamente! O jugo dele é suave e seu fardo é leve. Por quê? Porque ele não coloca nada nos seus ombros? Pelo contrário, você se aproxima e ele joga o mundo e todos seus problemas dentro do seu coração. Você começa a se importar, a sentir cuidado e compaixão.

Cheguei a Deus totalmente ingênuo. Eu queria salvação para mim mesmo e descobri que quando a aceitei passei a desejar a salvação do mundo inteiro. Com oitenta e três anos, estou assumindo cada vez mais projetos – projetos para a redenção do mundo. E quanto mais assumo, mais sou invadido por alegria, por bem-estar, por empolgação interior, por aventura, por crescimento, por vida!

Seu jugo é suave porque seu jugo é meu anseio. Oferece-me justamente aquilo para o qual eu fui criado – atividade criativa. Quando me rendo a ele, é a mesma rendição que um fio elétrico, desligado e sem criatividade, faz ao se unir a um gerador: começa a vibrar com luz e poder. É a mesma rendição da tinta que se entrega a um escritor: mera tinta transforma-se em palavras que ardem e abençoam e iluminam. Quando você se rende a Cristo, você se entrega à Pessoa mais criativa e dinâmica deste planeta ou de qualquer outro. Você começa a vibrar com sua vida, a ser iluminado pela sua luz, a amar com seu amor. Você se rendeu à criatividade. Portanto, seu jugo é suave, pois você foi criado pelo Criador para criar.

E. Stanley Jones (1884-1972) foi um dos missionários mais destacados do século XX, servindo especialmente na Índia, mas também em vários outros países, e influenciando profundamente chefes de estado e líderes nacionais, como Franklin Roosevelt e Mahatma Ghandi.

Arauto Ano 22 nº 5 - Setembro/Outubro 2004

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